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sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Surpresas inesperadas

Depois de uma complicada e triste separação, resolvi viajar para Recife. Pois bem, organizei a viagem pensando em cuidar de mim, com o intuito de espairecer e renovar as energias desgastadas. Comprei a passagem, roupas tropicais, mapas turísticos e não olhei para trás.No dia da tão desejada viagem acordei mais cedo – por pura ansiedade – andei com a minha cachorra, Sophia, e cheguei no aeroporto Santos Dumond com seis horas de antecedência.
As duas primeiras horas de espera foram gastas com palavras cruzadas, chocolate branco e com meu livro de curiosidades pernambucanas.
Chegou um momento que cansei de ficar parada. Fui dar uma volta pelo aeroporto sem pressa, mesmo porque três horas me esperavam...A minha vontade era comprar tudo que eu via pela frente, mas meu dinheiro estava estritamente contato para a viagem. Acho que eu estava inquieta por me sentir sozinha, e na verdade, queria mesmo encontrar alguém para conversar.
As horas passaram muito devagar e neste momento já estava arrependida de chegar tão cedo. Depois de tanto “chá de cadeira”chegou a hora do embarque. Fiz o check-in e entrei no avião. Me acomodei, coloquei meu ipod e esperei a decolagem. Mais uma vez eu esperei, esperei e esperei...Até um momento que anunciaram uma possível falha no motor da aeronave. AFF!!! Quase morri de tédio!!!
Pelo menos tinham pessoas em volta e assim pude reclamar em conjunto. Nesse falatório todo descobri que a menina que estava sentada ao meu lado era jornalista. Ela amou a situação, pois uma semana antes a mesma Linha Aérea tinha tido quatro problemas similares. Para ela, seria uma pauta. Com isso, começou a apurar os fatos com os comissários de bordo e passageiros. Conversa vai, conversa vem, ela disse: “Nem eu me atrasava tanto para aula na Facha!” 
Depois dessa revelação cômica iniciamos uma longa conversa sobre amigos em comum, professores e matérias. O avião voltou ao normal e decolamos. Em seguida a aeromoça veio servir um café e prestando atenção na nossa conversa exclamou com energia: “Não acredito! Eu também estudei na Facha!” Eu ria demais e minha viagem já estava ganha depois de tantas surpresas, bate papo e recordações. Nunca pude esperar que um dia tão monótono daria história para contar.

Renata Meire - história fictícia


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